Em assembleia realizada no auditório do Sindicato na última quinta-feira (06), os bancários e as bancárias de Florianópolis e Região, após debaterem a proposta de “reforma” da Previdência encaminhada pelo governo Bolsonaro ao Congresso Nacional, aprovaram participação da categoria na Greve Nacional programada para o dia 14 de junho. Ficou definido ainda a realização de uma plenária de caráter organizativo, no dia 11, às 18:30, na sede do SEEB, para organizar a participação nas atividades do dia 14.
Segundo pesquisa CNI/IBOPE divulgada no último mês de maio, dois terços da população ainda desconhecem as armadilhas da PEC 06/2019, que promove diversas alterações no Sistema de Previdência, reduzindo direitos dos trabalhadores e dificultando o acesso às aposentadorias, pensões e demais benefícios do Sistema de Seguridade Social.
No mesmo levantamento, daqueles que afirmam conhecer os detalhes do projeto, 51% são contrários à proposta e apenas 35% se dizem favoráveis.
Apesar das ameaças e a pressão dos bancos, grandes interessados em aumentar seus lucros a partir do regime de capitalização, a paralisação das atividades no próximo dia 14 é mais um grande desafio para a nossa categoria, e exigirá de todos a consciência de que somente a mobilização dos trabalhadores nas ruas conseguirá evitar a aprovação do projeto pelo Congresso.
Sabe a economia que Bolsonaro diz que vai ter com reforma? 90% sairá do seu bolso
Que o governo faz toma lá dá cá, chantageia a base e omite dados da PEC da reforma da Previdência é de conhecimento público. Mas o que a dupla Bolsonaro e Guedes não fez até agora foi explicar, de verdade, de onde sairá o R$ 1,2 trilhão de “economia” com a reforma.
R$ 560 bi – economia feita à custa do aumento da idade mínimo, extinção da aposentadoria por tempo de contribuição e demais regras de transição (mudanças que, claro, atingem pobres, classe B, C e média, principalmente).
R$ 11 bi – sairão das pensões por morte, prejudicando diretamente viúvos e órfãos.
R$ 79 bi – virão da redução do pagamento da aposentadoria por invalidez.
R$ 92 bi – virão da retirada de direitos dos trabalhadores rurais, da redução da pensão por morte e do aumento da idade mínima para aposentadoria das pessoas com invalidez.
R$ 169 bi – virão com o fim do abono salarial para aqueles que ganham de um a dois salários mínimos prejudicando diretamente 23 milhões de brasileiros.
R$ 34 bi – esse restante serão retirados do BPC para idosos em situação de miséria.
Total R$ 1,04 trilhões, “economizados” à custa de pobres, inválidos e trabalhadores, o que corresponde a 87% da economia com a tal da ‘reforma da previdência que combate privilégios’ como argumenta a dupla Jair/Guedes.
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