Dirigentes do Sintrafi Floripa e da Fetrafi SC reuniram-se com representantes da Dipes e Gepes SC na última sexta-feira, dia 20 de novembro. A reunião virtual foi motivada pela notificação de descumprimento de ACT enviado ao BB denunciando problemas quanto às relações de trabalho dos funcionários e quanto ao descumprimento dos protocolos de proteção ao Covid-19.
Estavam representados na reunião os Sindicatos de Araranguá, Blumenau, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Florianópolis e Joaçaba.
Inicialmente, os Dirigentes apresentaram as denúncias que receberam de suas bases de representação em relação ao ACT Emergencial Covid-19:
Flexibilização do cumprimento das medidas de proteção como a não utilização de máscaras, desrespeito à distância mínima de segurança e o não afastamento dos contatantes com os contaminados pelo novo corona vírus.
Atraso na realização e falhas na execução dos procedimentos de sanitização nos locais de trabalho.
Assédio dos gestores aos pertencentes do grupo de risco em home office.
Tratamento desrespeitoso de determinados gestores aos funcionários.
Utilização indevida da antecipação das férias e/ou banco de horas negativo.
Despreparo de gestores para gerenciar equipes em home office.
Em relação ao ACT 2020-2022 foram verificados problemas em relação à cobrança de metas absurdas e ranqueamento com acesso a todos os funcionários. Ainda foram relatados problemas como a utilização indevida de anotações em GDP, metas individuais e cumulativas, acréscimo desproporcional das metas e desrespeito ao modelo de negócio dos escritórios digitais.
De acordo com os representantes do banco, o quadro do BB em SC é composto por cerca de 4.300 funcionários, distribuídos em 350 unidades. Segundo afirmaram, a incidência de casos de covid no estado são proporcionalmente menores em relação a outras regiões, já que os protocolos de prevenção têm sido cumpridos adequadamente.
Quanto às denúncias apresentadas pelos Dirigentes, informaram que se tratam de casos pontuais e precisam ser melhor identificados.
Para os Dirigentes dos sindicatos, as denúncias são graves e não podem ser minimizadas. Os trabalhadores, em home office ou em trabalho presencial, vêm sendo assediados e desrespeitados, por um modelo de gestão que prioriza o lucro em detrimento da saúde física e emocional das pessoas.
Os Dirigentes também manifestaram a preocupação com os números crescentes da pandemia no estado e no país, já que todos os indicadores apontam para o agravamento da crise sanitária e a flexibilização dos procedimentos acarreta um risco maior de contágio para os bancários, seus familiares e clientes. Por este motivo, as agências devem intensificar a “filtragem” dos atendimentos presenciais e manter todos os protocolos de segurança ainda mais rígidos. A “gripezinha” já contaminou mais de 6 milhões e levou ao óbito mais de 170 mil pessoas no Brasil e ainda não tem uma vacina disponível para que as autoridades possam imunizar a população.
Enquanto a pandemia não dá trégua, a crise econômica traz consequências para os trabalhadores e suas famílias. O crescimento das taxas de desemprego e a queda brutal da renda das famílias precisam ser levados em consideração, não podendo recair sobre os trabalhadores uma expectativa por resultados descolada dessa mesma realidade.
Ao final do encontro, os dirigentes manifestaram a grande apreensão que tem tomado conta do funcionalismo com a falta de rigor de alguns gestores em relação aos procedimentos de combate à pandemia.
Não bastasse a insegurança natural com o novo corona vírus, não se pode admitir que a busca por resultados ultrapasse todos os limites do bom senso. Cabe a direção da empresa reorientar seus gestores para que cumpram com responsabilidade todas as medidas de proteção à vida e respeitem os acordos assinados pela empresa.
Será marcada nova reunião para que sejam apresentados os casos dos locais de trabalho onde há denúncias de que os gestores estão descumprindo os protocolos e adotando procedimentos em desacordo aos acordos coletivos de trabalho em vigor.
Sintrafi Floripa e Região/Fetrafi SC
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