Em setembro de 2016, entre outras atividades organizadas pelo Sindicato por ocasião da nossa Campanha Nacional dos Bancários, promovemos uma intervenção no Centro de Florianópolis cujo mote principal era a pergunta: Qual o banco lava mais limpo ? (Clique aqui para acessar a matéria) Na oportunidade, com considerável repercussão na imprensa local, denunciávamos à sociedade a face pouco visível do Sistema Financeiro, que além de concentrar brutalmente a renda nacional e colaborar no processo de exclusão e desigualdade social, participava ativamente na ocultação de recursos oriundos do tráfico de armas, drogas e corrupção.
Patrocinadores da grande mídia nacional, obviamente os bancos têm blindada a sua imagem, constituindo-se para a população como instituições sérias e responsáveis socialmente. Os próprios trabalhadores bancários, num natural processo de autopreservação de suas carreiras e empregos, muitas vezes se transformam em defensores públicos das instituições financeiras, vestindo a camisa daqueles que se dizem “ fazer mais por seus clientes”. Porém, a realidade, muitas vezes obscurecida no cipoal de interesses inconfessáveis, vez por outra escapa ao domínio do poder midiático financeiro, revelando a perversa relação entre os donos do dinheiro e as verdadeiras causas do atraso e das injustiças sociais. Manchetes nos principais veículos de comunicação nesta semana revelam parte destas verdades inconvenientes, ao relacionarem a atuação ativa de bancos nacionais com a prática nada republicana da lavagem de dinheiro, em conluio com doleiros investigados pela operação lava a jato.
Relacionamos duas destas matérias de conceituadas fontes:
Valor Econômico – Lava-Jato estuda ação contra Bradesco. (clique aqui)
UOL – MPF: Doleiros usaram Bradesco, Itaú, Santander e Caixa para lavar dinheiro. (clique aqui)
Sempre cuidadosos em preservarem seus patrocinadores, os principais órgãos da imprensa tratam de isolar os fatos, quase que responsabilizando exclusivamente funcionários das instituições pelos crimes cometidos contra a economia nacional. Aguardemos que as autoridades cumpram com o dever de investigar o papel dos controladores e principais executivos destes bancos nestes crimes, sem laivos de seletividade ou compadrio entre confrades. Da nossa parte, seguimos perguntando: qual dos bancos brasileiros lava mais limpo?
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