Nesta quarta-feira, 28, após 12 rodadas de negociações, bancos apresentam proposta que, além de não garantir ganho real aos salários e benefícios, escalona reajuste pelo INPC por faixa salarial.
Como exemplo, somente os bancários que recebem até R$ 4.180,00 teriam seus vencimentos corrigidos pelo INPC em setembro.
Para os que recebem acima desse valor até R$ 6.967,00 , o reajuste pela inflação ocorreria em outubro.
Os bancários que recebem neste intervalo até R$ 9.754,00 teriam o reajuste em novembro, até R$ 12.541,00 em dezembro e os demais, somente em janeiro do próximo ano.
Segundo o Dieese, apenas cerca de 1% dos acordos firmados no país no mês de junho tiveram como parâmetro reajustes escalonados tal qual a proposta apresentada pelos bancos, excepcionalidade geralmente relacionada à ambientes de crise econômica e descontrole da inflação.
Mais uma vez, bancos tratam a categoria com injustificado desprezo, ignorando a relação entre os lucros líquidos obtidos e a produtividade no setor.
Considerando os resultados de 2023, cada funcionário do Itaú representou mais de 414.800,00 do lucro líquido obtido pelo banco privado.
No BB, essa relação foi de cerca de R$ 409.000,00 do lucro líquido por funcionário.
Novamente rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários, a proposta apresentada na mesa de negociações demonstra todo o desrespeito dos bancos com os seus trabalhadores.
O Comando Nacional mais uma vez reafirmou que, sem ganho real e respostas concretas às demais reivindicações dos bancários, não haverá acordo com os bancos.
Negociações foram interrompidas, após intervalo solicitado pelos bancos.
Comando Nacional permanecerá em SP até sexta-feira.
Na próxima quarta-feira, 04 de setembro, os Sindicatos de todo o país irão realizar assembleias para avaliação das propostas apresentadas pelos bancos.
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