Banco se comprometeu com o repasse periódico das informações financeiras e atuariais do plano, para permitir acompanhamento contínuo e consistente pela representação dos trabalhadores
A representação dos empregados da Caixa Econômica Federal conquistou avanços nas negociações com o banco desta quinta-feira (9) sobre a renovação do acordo coletivo específico do Saúde Caixa. O foco é a sustentabilidade e manutenção das premissas do plano de saúde. As rodadas, realizadas entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa com os representantes do banco, foram retomadas após as mobilizações do Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, ocorridas em 17 e 30 de outubro. A Caixa se recusou a assumir todas as despesas administrativas, conforme reivindicado pelos representantes dos empregados na reunião passada. Alegou, para isso, impedimento devido a restrições estatutárias. Mas concordou em incorporar toda a despesa de pessoal, retroagindo a 2021. Outro importante avanço conquistado na reunião foi o compromisso da Caixa em repassar, a cada seis meses, as informações financeiras e atuariais do plano, para que os empregados e suas entidades representativas possam acompanhar de forma mais permanente e consistente. “Com isso, as negociações sinalizaram positivamente sobre o futuro do plano para 2024”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, ao ressaltar a importância dos avanços conquistados.
Manutenção das premissas
Durante a negociação, os representantes dos empregados pontuaram que o processo de fechamento do acordo específico passa por medidas que não comprometam a renda dos beneficiários e tampouco torne inviável o uso do Saúde Caixa para todos. Para a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Proscholdt, a solução de equilíbrio para 2024 não pode culminar em comprometer a renda dos titulares. “Nosso debate passa prioritariamente pela viabilidade do plano para todos e também pela melhoria da qualidade e acesso” disse. Para permitir a discussão de possíveis formatos de custeio, os representantes do banco apresentaram diversas simulações, enquanto a representação dos empregados solicitou outras e mais condizentes com a mobilização nacional pela existência do Saúde Caixa sustentável e financeiramente viável para todos os trabalhadores do banco. Houve a sinalização também para, a partir do próximo ano, ser debatida a revisão do estatuto do banco. A representação dos trabalhadores considera fundamental, para o processo de reconstrução democrática do Brasil, o debate sobre a importância do patrimônio público e de seu papel estratégico para o desenvolvimento e a soberania nacional.
Comando dos bancários
As negociações com a Caixa foram retomadas após solicitação feita pelo Comando Nacional dos Bancários ao banco, após manifestações realizadas pelas empregadas e empregados em todo o país nos dias 17 e 30 de outubro. Além dos membros da CEE/Caixa, as coordenadoras do Comando (Juvandia Moreira, presidenta da Contraf/CUT, e Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região), participaram das negociações com o banco nesta quinta-feira (9). Sergio Takemoto, Clotário Cardoso e Leonardo Quadros, respectivamente, presidente, vice-presidente e diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fenae), também participaram da reunião desta quinta-feira.
Novas negociações
É fundamental que os trabalhadores fiquem atentos e mobilizados até que seja renovado o ACT sobre o Saúde Caixa, cuja vigência vai até o fim de dezembro deste ano. A próxima reunião foi agendada para quinta-feira da próxima semana, dia 16 de novembro. Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT
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