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Sintrafi cobra isonomia entre funcionários do Banco do Brasil


Em outubro de 2008, o Banco do Brasil incorporou o Banco do Estado de Santa Catarina (BESC). Em dezembro do mesmo ano, foi a vez do Banco do Estado do Piauí (BEP). E, em novembro de 2009, chegou a hora do banco Nossa Caixa, podendo os funcionários dessas instituições optar pelo plano de Cargos e Salários do Banco do Brasil.


Mesmo após tanto tempo, ainda existem diferenças de tratamento para com os funcionários egressos dos bancos incorporados, em especial referente aos planos de saúde e de previdência. Mesmo no Banco do Brasil, que possui uma política de equidade, existe hoje uma minoria esquecida pela instituição com tratamento desigual, recebendo menos que seus pares de mesma função. A cobrança de metas é a mesma, não importando se o funcionário é egresso ou não.


Enquanto há a discussão no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, em ação existente desde 2012, o Banco do Brasil continua interpondo recursos em questões que poderiam ser resolvidas internamente, sem acionar a Justiça do Trabalho.


Na área da saúde, os funcionários egressos vivem um drama, com diferentes planos e formas de custeios, fazendo com que muitos funcionários cancelem seus planos por falta de capacidade de pagamento. Os que permanecem no plano sentem angústia e preocupação com o pós-laboral, em que banco deixaria de contribuir com parte do custeio.


Já na área da previdência, em 22 de maio deste ano, foi aprovada na SEST a alteração no plano Previ Futuro, em especial referente à contribuição adicional 2B. Tal medida era uma demanda antiga dos participantes daquele plano e de fundamental importância no planejamento de aposentadoria, as incertezas com a Previdência Social.


O Plano Adicional 2B é um tipo de contribuição adicional ao Previ Futuro, que permite aos participantes do Banco do Brasil aumentar o valor da sua aposentadoria. Essa contribuição, que pode variar de 1% a 10% do salário de participação, é acompanhada pela contribuição do banco no mesmo percentual. É uma maneira de formar uma reserva financeira adequada de forma mitigar a redução salarial na aposentadoria.


Apesar da excelente notícia e o entendimento da importância do mecanismo pelo próprio Banco do Brasil, os funcionários egressos novamente não foram contemplados, mesmo demandando a implantação da contribuição adicional 2B desde a incorporação.


No último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2024/2026), o banco se comprometeu a apresentar uma proposta até 31 de julho de 2025. Além disso, foi criado pelo banco um grupo técnico para conduzir os trabalhos, com reuniões trimestrais de acompanhamento do processo, mas até a presente data não houveram sinalizações que pudessem mostrar avanços nessa pauta.


Enquanto isso, os funcionários egressos se perguntam: Por que não tenho a mesma contribuição que o colega com a mesma função e tempo de banco do que eu? Até quando o banco irá me tratar de forma diferente? Como será o futuro da minha aposentadoria? Será que conseguirei arcar com os custos de saúde no futuro?


O Sintrafi, assim como todo o movimento sindical, pede isonomia no tratamento aos egressos de bancos incorporados, principalmente nas questões de saúde e previdência, tais como a implantação da contribuição adicional 2B com apresentação de uma compensação financeira de maneira a reparar os anos de falta de contribuição nos planos e a possibilidade de adesão ao plano de saúde com direito ao pós-laboral, posição igualitária a todos os funcionários do banco incorporador à época.

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