Sintrafi promove debate sobre a importância das questões ambientais e trabalhistas na próxima COP30
- daianicerezer
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A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) acontecerá em novembro deste ano, em Belém (PA).

Na manhã desta segunda-feira, 02, o Sintrafi promoveu um debate sobre a importância das questões ambientais e trabalhistas na próxima COP30 com a bancária, que é Secretária do Meio Ambiente da Central Única dos Trabalhadores, Rosalina Amorim, e o Doutor em Sociologia Política, Professor José Roberto Paludo.
Em sua apresentação, Rosalina criticou falsas soluções e aproveitou para alertar sobre um projeto de lei que poderia prejudicar a proteção ambiental. Ela também discutiu a necessidade de maior participação sindical e popular na luta ambiental, a importância da mobilização para a Cúpula dos Povos e a necessidade de um projeto de desenvolvimento sustentável para a região amazônica. Por fim, ela abordou os impactos negativos de projetos de energia eólica, a importância de estudos de impacto ambiental e a necessidade de um debate mais amplo sobre a exploração da margem equatorial.
Na ocasião, o Sintrafi definiu criar um Coletivo do Meio Ambiente para discutir questões ambientais da região com a categoria, bem como reproduzir e divulgar materiais sobre questões ambientais. A entidade, que participará da Cúpula dos Povos, em Belém, durante a COP30, ampliará o debate sobre questões ambientais no ramo bancário, incluindo pautas nas negociações coletivas..
Além disso, a CUT irá organizar uma reunião do Coletivo do Meio Ambiente para planejar atividades relacionadas às pautas ambientais e preparar posicionamento sobre a exploração da Margem Equatorial para a COP30, enquanto a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo irá planejar um grande ato para chamar atenção às pautas ambientais.

A dirigente Rosalina também destacou os desafios da transição justa na produção energética e os impactos das mudanças climáticas na Amazônia. Ela enfatizou a necessidade de maior apropriação do debate ambiental, criticando falsas soluções como créditos de carbono e empregos verdes, mencionando a recente Conferência Nacional do Meio Ambiente e suas propostas para políticas públicas de proteção ambiental. Abordando o "PL da devastação", ela alertou sobre os impactos negativos que o projeto pode causar no meio ambiente.
Rosalina ressaltou a importância da participação sindical e popular na luta ambiental, destacando a reunião do Coletivo do Meio Ambiente da CUT e o Dia Internacional do Meio Ambiente. Ela explicou a história e relevância da Conferência das Partes (COP), enfatizando a COP30 que ocorrerá em Belém, de 12 a 16 de novembro, e a Cúpula dos Povos associada, que visa promover a participação popular e discutir temas como transição justa, questões feministas e racismo ambiental. Rosalina incentivou a divulgação de materiais sobre questões ambientais e convidou todos a se engajarem nas atividades planejadas.
No que se referiu à Cúpula dos Povos, a bancária enfatizou a necessidade de chamar atenção para questões ambientais e o financiamento climático, sugerindo a criação de um Coletivo do Meio Ambiente no sindicato para aprofundar o debate sobre questões climáticas, incluindo pautas específicas do setor bancário.
O Doutor em Sociologia Política, Professor José Roberto Paludo, expressou preocupação com a abordagem conservadora na Região Norte e criticou a falsa preocupação ambiental na mídia, citando o exemplo da exploração de petróleo durante o governo Dilma. Além disso, discutiu a necessidade de um projeto de desenvolvimento sustentável para a Região Amazônica, equilibrando preservação ambiental e progresso econômico. Ele criticou a abordagem atual de financiamento público e defendeu um debate mais amplo sobre o uso responsável dos recursos naturais.
Rosalina ainda mencionou os impactos negativos das usinas eólicas no Nordeste, destacando a importância de considerar as populações locais e os efeitos ambientais em projetos de energia renovável. Finalizando, a dirigente falou sobre os impactos negativos de projetos de energia eólica, como problemas sociais, ambientais e contratuais, e enfatizou a necessidade de fiscalização e acompanhamento desses projetos. Ela também abordou a questão da exploração da margem equatorial, destacando a importância de estudos de impacto ambiental e a necessidade de um debate mais amplo sobre o tema.
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